segunda-feira, 25 de maio de 2009


Descrevo que era Naquele Mesmo Tempo a Cidade de Bahia

A cada canto um grande conselheiro, que nos quer governar cabana, e vinha, não sabem governar sua cozinha, e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,que a vida do vizinho, e da vizinha pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados, trazidos pelos pés os homens nobres, posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados, todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia.
Gregório de Matos

Nenhum comentário:

Postar um comentário